sábado, 26 de dezembro de 2009

MATÉRIA JORNAL O DEBATE DOS DIAS 20 E 21/12/2009

Esta ai galera que segue que acompanha. Fico no aguarde dos comentários.

Premio MDS.



Então a luta contra Aids é todo dia mais a valorização de quem faz, cobra, luta e faz denuncias esta ai nesse dia que foi uma honra. Vou seguir com a matéria mais dando a vocês a cobertura que o jornal de Macaé deu a esse dia.

Eu não consigo parar. Será que eles vão mesmo ser expulsos???

Jornal O DIA - RJ 21/12/09
Tortura em abrigos para menores é alvo de apuração
Um relato impressionante chocou promotoria e chegou em Brasília
POR MAHOMED SAIGG

Rio - Um hematoma no antebraço esquerdo do adolescente S., 17 anos, chamou a atenção de uma promotora de Justiça durante audiência em 25 de novembro, na Vara da Infância e Juventude, no Rio. Questionado sobre a origem do machucado, o garoto, que cumpre medida socioeducativa por tráfico de drogas em unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), até tentou disfarçar. Mas, diante da insistência da representante do Ministério Público, acabou revelando a rotina de terror imposta aos jovens internados nos reformatórios estaduais, que deveriam ser para ressocialização de infratores.



Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj fez inspeção em duas unidades do Degase para verificar situação dos internos. Foto: Colin Foster

Com várias marcas de agressões pelo corpo, S. contou em detalhes como os internos são submetidos a sessões de tortura, usadas como ‘principal instrumento de recuperação’ dos meninos ‘condenados’ a cumprir medidas socioeducativas. “Os funcionários (agentes do Degase) mandam a gente tirar a roupa, colocar as mãos pra trás e começam a dar porrada em todo mundo. Usam pedaços de pau, fios, barras de ferro, spray de pimenta e até um taco de beisebol que chamam de ‘Kelly Key’ para ‘quebrar’ os menores”, contou S.

O relato impressionante que chocou a promotora chegou a Brasília. Encaminhado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, ligada à Presidência da República, ofício a que O DIA teve acesso mostra a preocupação do governo federal com a violência nos centros de ressocialização fluminenses. No documento encaminhado ao Ministério Público e à Defensoria Pública do Estado, em 18 de novembro, a subsecretária Carmen Silveira de Oliveira relata outras denúncias de violações e solicita que investigação imediata.

De volta ao Educandário Santo Expedito, em Bangu, após a audiência, S. disse que passou a ser perseguido pelos agentes. “Diziam que sabiam que eu tinha denunciado eles e que eu iria ver o que acontece com quem é ‘alcagoete’. Depois disso passaram a me esculachar todos os dias. Me batiam como se eu fosse um cavalo. Até tiro de bala de borracha eu levei na barriga”, contou ele, que mostrou a marca que teria sido provocada pelo disparo.

‘TENHO MEDO DE NÃO MAIS VER MINHA FILHA’

As sessões de tortura contra S. só terminaram dia 30 com a transferência do adolescente para outra unidade do Degase. “Precisávamos tirá-lo do Santo Expedito. Ele estava sendo perseguido por ter tido a coragem de denunciar seus algozes, o que revoltou os agressores. Se não fosse transferido, S. poderia ser morto”, admitiu a promotora Denise Martinez Geraci, que pediu a transferência.

Assustado, o adolescente diz que tem medo de ser assassinado. “Os funcionários estão com muita raiva de mim porque contei o que eles fazem com os menores. Minha vida agora corre perigo, mas não aguentava mais apanhar calado. Era tanto esculacho que preferi contar tudo, mesmo sabendo que isso podia acontecer. Mas é melhor morrer como homem do que continuar sendo tratado como cachorro”, desabafou S., que não conseguiu segurar as lágrimas ao falar da saudade da família e da filha de apenas um ano. “Tenho medo de nunca mais voltar a vê-los”.

Preocupada com a situação, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alerj) inspecionou unidades do Degase. Após conversar com adolescentes internados, o presidente da comissão, deputado Marcelo Freixo, prometeu investigar as denúncias e cobrar soluções. “Eles estão sendo torturados rotineiramente”, afirma Freixo.

Duas mortes e até agora nenhum punido

As agressões aos menores infratores têm elevado a tensão dentro das unidades do Degase. Prova disso é o aumento do número de motins ocorridos nos últimos meses. Alguns deles só foram controlados com o apoio de agentes do Serviço de Operações Especiais, da Secretaria de Administração Penitenciária, que cuida de presos adultos. A gravidade da situação pode ser medida pelo número de denúncias ao Ministério Público Estadual. Segundo as promotoras, só em novembro foram mais do que o total registrado nos 10 meses anteriores.

Em 2008, dois menores morreram após serem espancados por agentes do Degase. Em janeiro, Andrew Luiz da Silva, 17 anos, foi torturado até a morte por cinco funcionários no Centro de Triagem e Recepção (CTR), na Ilha. Em novembro foi a vez de Cristiano de Souza, 17, perder a vida após ser agredido por servidores no Educandário Santo Expedito, em Bangu. Apesar da gravidade dos casos, ninguém foi punido até hoje.

“O que estão fazendo com esses meninos é inaceitável. É verdade que cometeram roubos, furtos e até assassinatos. Mas o estado não pode disputar com eles para saber quem é mais violento”, destaca o deputado Marcelo Freixo. Ele se encontra hoje com a secretária estadual de Educação, Tereza Porto. O Degase é vinculado à pasta.

Ofício relata outras violações em unidade

O ofício da Secretaria Especial dos Direitos Humanos para o Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública do Estado relata denúncias de violação dos direitos humanos no Educandário Santo Expedito, em Bangu.

Um dos episódios ocorreu em 5 de novembro, onde os adolescentes internados foram retirados dos alojamentos, colocados no pátio e obrigados a ficar nus por cinco horas, sob pena de serem punidos com “madeiradas no rosto”. “Dentre as agressões, destacamos que um adolescente teve a mandíbula quebrada”, diz o documento. “Solicito análise e providências, mantendo essa subsecretaria informada”, finaliza Carmen Silveira.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação disse que encaminhou as denúncias ao Degase e que a orientação é garantir a integridade dos jovens. O Degase, por nota, informou que a corregedoria do órgão vai apurar as denúncias e que, se os abusos forem confirmados, os agentes podem ser expulsos.
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Fonte.

Roberto Pereira
Centro de Educação Sexual - CEDUS
Av. General Justo, 275 - bloco 1 - 203/ A - Castelo
20021-130 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Tel: (21) 2544-2866 Telefax: (21) 2517-3293
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DEVER - QUERER - PODER
Tem coisas que DEVO, mas NÃO QUERO
Tem coisas que QUERO, mas NÃO POSSO
Tem coisas que POSSO, mas NÃO DEVO
A escolha correta é, portanto, fruto de decisões
conscientes e éticas.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Nós estamos prontos Não queremos ser usados pelo poder público e sim ouvidos.


Nós estamos prontos Não queremos ser usados pole poder público e sim ouvidos.

Cai a chuva lá fora forte, acordo assustada e corro me preparando para uma eventual enchente. É assim que eu acordo, vou dormir e saio da comunidade meu coração apertado, penso em mim penso e todos, nas minhas dificuldades nas dos outro, mais eu preciso seguir eu não posso parar, recuar simplesmente. Deixar que o sofrimento tome conta da gente, eu não posso deixar que as injustiças sociais, o preconceito a discriminação nos domine, a isso não isso nunca. Pode vim nós somos um exercito.
Um dia eu choro outro sorrio, eu preciso... desacredito acredito. Mais eu não posso desistir. Eu não consigo simplesmente minha família da as costas para isso aqui, eu não consigo. Nem adianta mais falar.
É AQUI QUE EU VOU FICAR.
Eu sou de uma rede e essa rede junta tem voz.
As vezes e difícil esta em todos os lugares, mais é preciso saber!
Nós estamos prontos pra dizer sinalizar e fazer. Queremos ser ouvidos, vistos pensando juntos em como podemos ser ao menos uma vez na vida humanos de verdade de corpo e alma.
Você que esta lendo esse texto agora pode achar que eu estou delirando não é ?? Sim eu estou de febre cansada , me sentido solitaria. Uma febre que me consome que me faz aquecer o coração. Ele não vai parar agora. Eu preciso não parar de pensar!! Não estou sozinha eu sei que eu tenho um exercito comigo.
Pessoas que pensam comigo, como eu ou parecido.
Nós estamos prontos para dias melhores. Dias de paz de solidariedade de igualdade social.
Olha nos meus olhos, veja sinta e faça. Eu estou mostrando.
A politica pública e a nossa solução e o nosso pote de ouro!!
E a esperança e o que muitos de nós faz!!
Você não faz porque não quer!
Não interessa não precisa. Nós estamos prontos pra fazer.
Estamos juntos fazer valer os nossos direitos que esta na constituição.
Não adianta passar a mão não minha cabeça tentar fazer com que eu acredite que não é esse o caminho. Eu sei que é. Eu acredito nele.
Se vocês querem me usar, nós também vamos usar vocês.
Afinal um precisa do outro cedo ou tarde!


Desabafo,

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Onde esta o exemplo? Onde esta o modelo?

Nesta data em que o mundo celebra o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o Fórum de ONGs Aids do Estado do Rio de Janeiro, instância de mobilização, articulação e representação política que congrega 130 organizações da sociedade civil envolvidas na luta contra a Aids, vem a público se manifestar e mostrar a sua indignaçindignação diante dos enormes entraves que atravessam a política de Aids do Estado do Rio de Janeiro.



O Brasil é considerado exemplo e modelo a ser seguido no combate à epidemia de Aids no mundo. Este é um mérito inegável devido a nossa política de amplo e irrestrito acesso aos medicamentos anti-retrovirais, que mantém a qualidade de vida de milhares de pessoas infectadas com o vírus HIV no Brasil. A partir deste senso e do conceito de verdade absoluta, divulgado amplamente, muita coisa vem sendo negligenciada no combate à epidemia de Aids no Brasil e, em particular no Estado do Rio de Janeiro, onde o exemplo e o modelo de combate à AIDS parece nunca ter chegado.



Vivemos um verdadeiro “apagão” na assistência aos portadores do vírus HIV e doentes de Aids. Faltam profissionais de saúde, principalmente médicos, faltando também enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e apoio administrativo para atender estes cidadãos em todas as Unidades de Saúde, sejam elas de responsabilidade do governo federal, estadual ou municipal.



Neste momento, temos grave falta de médicos infectologistas nos municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e São Gonçalo.



Os hospitais outrora considerados de referência, como o Hospital Universitário Gaffreé e Guinle, estão sucateados e com atendimento reduzido devido à falta de profissionais de saúde e insumos básicos. Além disso, o laboratório de análises clínicas da unidade atende somente casos graves de pacientes internados.



Há meses, no laboratório do Hospital Universitário Pedro Ernesto, faltam kits para realização de diagnóstico de rubéola e toxoplasmose (doença oportunista que deixa pessoas soropositivas com sequelas físicas irreversíveis e com casos de perda parcial ou total da visão).



O Projeto Praça Onze, de pesquisa em Aids do Hospital Universitário Clementino Fraga - UFRJ (Fundão), atravessa grave crise financeira desde o início do ano, tendo sofrido redução do seu quadro técnico de quase um terço dos profissionais que nele trabalhavam.



As Unidades de Pronto Atendimento – UPAs, mostram-se despreparadas para o diagnóstico e atendimento de Aids e sem leitos para internar as pessoas que são diagnósticas doentes de Aids neste locais. A central de regulação de leitos não consegue encaminhar estas demandas, devido à absoluta falta de leitos para internação na rede dita de referência.



No Hospital Estadual Pedro II, a enfermaria de Aids com 10 leitos e ambulatório inaugurados há dois anos com pompa e circunstância pelo secretário Estadual de Saúde, Dr. Sérgio Cortes, funciona de maneira precária por falta da conclusão dos investimentos necessários e da contratação de profissionais de saúde para o seu pleno funcionamento.



Na prevenção ao vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, a maioria dos Postos de Saúde do Estado do Rio de Janeiro não estão cumprindo a Nota Técnica nº 13/2009/GAB/PN-DST-AIDS/SVS/MS, que facilita e amplia o acesso ao preservativo masculino. Nessas unidades, raramente, é proporcionado o acesso ao gel lubrificante para as populações vulneráveis ao vírus HIV.



As Organizações da Sociedade Civil (OSC/ONG) que executavam ações de prevenção para populações vulneráveis à Aids estão, há três anos, sem acesso aos recursos financeiros do Plano de Ações e Metas - PAM do Estado do Rio de Janeiro. Também são poucos os municípios do nosso estado contemplados com esta política de incentivo, que financia diretamente ações de prevenção e assistência desenvolvidas por organizações da sociedade civil. Nos cofres do Governo do Estado do Rio de Janeiro, mais de R$ 8.000.000,00 (Oito milhões de reais) dos recursos federais do PAM estão parados devido à burocracia e falta de interesse político em modificar a trágica realidade dos doentes de Aids no nosso estado. Estes recursos devem ser investidos diretamente na compra de insumos, equipamentos, reformas e qualificação dos profissionais que trabalham diretamente na prevenção e assistência aos doentes de Aids.



Para piorar o quadro de descaso e negligência na assistência aos portadores do vírus HIV e doentes de Aids no Estado do Rio de Janeiro, estão faltando os medicamentos anti-retrovirais Tenofovir (Viread) e Darunavir (Prezista). Por conta disso, centenas de pessoas estão tendo os seus tratamentos interrompidos ou modificados por critérios que não são clínicos, unicamente para adequarem-se à disponibilidade de medicamentos existentes. Interrupções ou modificações na terapia anti-retroviral sem critérios clínicos podem ser extremamente danosas para a saúde das pessoas soropositivas, levando ao adoecimento de Aids e até ao óbito.



Infelizmente, em que pesem os múltiplos avanços que tivemos ao longo dos anos, a Aids ainda é como a do passado e continua provocando mortes e deixando pessoas incapacitadas para terem uma vida autônoma e produtiva. Segundo o boletim epidemiológico do Departamento de DST/AIDS/MS, no Estado do Rio de Janeiro temos 75.805 casos de Aids notificados de 1980 a 2008 e 35.663 casos de óbitos por Aids notificados, no mesmo período, mantendo a média de 1.500 mortes por ano devido à Aids no nosso estado. Temos o segundo pior coeficiente de mortalidade por Aids no país, cuja média nacional é de 6,1 por 100 mil habitantes, e o Estado do Rio de Janeiro tem a média de 9.3 por 100 mil habitantes, isso sem levarmos em conta o quadro provocado pelas coinfecções, como a tuberculose, outro problema sério em nosso estado.



Fica portanto, uma pergunta para o ministro da Saúde, para o governador e prefeitos dos municípios do Estado do Rio de Janeiro: QUAL O COMPROMISSO DOS SENHORES PARA O COMBATE DA EPIDEMIA DE AIDS NO NOSSO ESTADO?



VIVER COM AIDS É POSSÍVEL, COM O DESCASO DOS GESTORES PÚBLICOS NÃO!



Nesse sentido, finalizando, conclamamos todos a uma ampla mobilização em defesa dos princípios básicos do Sistema Único de Saúde que, através da UNIVERSALIDADE, INTEGRALIDADE e EQUIDADE, princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), determinam que a saúde é um direito de todos e um dever do estado.



Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2009

Fonte.


Fórum de ONG/AIDS do Estado do Rio de Janeiro

E-mail: forumongaidsrj@gmail.com ou forumongaidsrj@yahoo.com.br

Telefone: (21) 3563-6440 e Celular: (21) 9233-5728



OBS.: Este manifesto pode e deve ser replicado para todos os contatos da sua lista de e-mails, gestores, mídia e formadores de opinião.

Todos juntos podemos mais.


Nem quero falar das coisas, quero fazer as coisas que precisamos fazer.
Não da pra ficar de braços cruzados enquanto tudo acontece.